O processo de deposição de parafina causa grandes prejuízos financeiros a indústria petroleira. Por isso, estudos voltados a previsão da formação dos depósitos de parafina é um dos principais temas de estudo para garantia de escoamento. O óleo quando ainda dentro do reservatório se encontra em equilíbrio a altas temperaturas [aproximadamente 60 graus Celsius] com a parafina dissolvida no petróleo. No entanto, com o início da produção, o transporte do óleo é feito em tubulações de centenas de quilômetros, com muita frequência no fundo do mar, em água fria [aproximadamente 4 graus Celsius]. A solubilidade da parafina a baixas temperaturas é reduzida, dessa forma, a parafina sai de solução e se difunde em direção as paredes da tubulação, onde deposita, bloqueando a passagem de óleo. Sendo assim, esse depósito de parafina diminui a produtividade do poço e aumenta os gastos com medidas para remediar o problema, como por exemplo, a utilização de operação de pigging, i.e., passagem de equipamento chamado PIG para a retirada dos depósitos. O presente trabalho visa investigar numericamente, utilizando o software comercial Ansys CFX, a influência da convecção natural na determinação da espessura do depósito, em dutos horizontais anulares. O processo de deposição considerado consiste em assumir que o óleo se comporta como um fluido de Bingham, com tensão limite de escoamento dependente da temperatura. Verificou-se que a espessura do depósito é maior na parte inferior do duto anular, onde o fluido é mais frio devido aos efeitos da convecção natural, concordando com observações experimentais.