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Título: GESTÃO DA VARIEDADE DE PRODUTOS: UM MODELO CONCEITUAL E ESTUDOS EMPÍRICOS
Autor: AUGUSTO DA CUNHA REIS
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):  LUIZ FELIPE RORIS RODRIGUEZ SCAVARDA DO CARMO - ORIENTADOR
ANNIBAL JOSE RORIS RODRIGUEZ SCAVARDA DO CARMO - COORIENTADOR

Nº do Conteudo: 23841
Catalogação:  05/01/2015 Liberação: 05/01/2015 Idioma(s):  INGLÊS - ESTADOS UNIDOS
Tipo:  TEXTO Subtipo:  TESE
Natureza:  PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota:  Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23841&idi=1
Referência [en]:  https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=23841&idi=2
Referência DOI:  https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.23841

Resumo:
Esta tese aborda o tema Gestão da Variedade de Produtos (GVP), designado pelo seu correspondente em inglês Product Variety Management (PVM). GVP é um campo do conhecimento que é, por essência, multidisciplinar, cujo efeito pode ser sentido nas mais diversas áreas de uma empresa. Se por um lado algumas áreas são mais propensas a sentirem os efeitos benéficos do aumento da variedade de produtos ofertada, outras, por sua vez, tendem a associar o aumento da variedade de produtos como um aspecto negativo. As áreas de marketing e de vendas tendem a ter uma visão positiva em relação ao aumento da variedade de produtos, já que associam uma maior variedade à customização do produto frente às necessidades dos cliente, ao aumento na receita, melhor visibilidade da imagem da marca da empresa, entre outros benefícios. Por outro lado, as áreas de produção, logística, compras e ambiental verificam um aumento na complexidade dos produtos, de seus processos e dos resíduos gerados a partir do aumento do mix de produto oferecido, gerando assim inúmeros desafios. Este episódio leva estas áreas a possuírem um receio em relação ao aumento da variedade de produtos. Neste sentido, a GVP é um conjunto de práticas gerenciais cujo objetivo é coordenar as ações dentro da empresa e ao longo da cadeia de suprimentos, buscando o melhor alinhamento das áreas e elos da cadeia. Esta tese tem por objetivo desenvolver um modelo conceitual (framework) para a GVP e de aplicá-lo por meio de estudos empíricos para analisar o uso desta gestão na indústria. A contribuição acadêmica é a de oferecer à literatura uma integração dos trabalhos dispersos sobre o tema e o de indicar como a compreensão de pesquisadores tem se desenvolvido ao longo do tempo. Membros da indústria também podem se beneficiar deste trabalho com os resultados da aplicação do modelo na indústria automotiva e de cosméticos. Para a construção do modelo conceitual utilizou-se uma revisão sistemática na literatura nas bases de dados Science Direct e Emerald. Nestas, 87 dos 455 artigos selecionados foram utilizados e, a partir daí, chegou-se às dimensões que compõem o modelo conceitual (input, structure and processing, measures e outcomes). Vale a pena destacar que foi verificada uma ausência de sínteses anteriores na literatura que abordem a GVP. Poucos artigos tratam a GVP de forma holística limitando-se, em geral, a um conjunto restrito de aspectos que compõe a GVP. Outra descoberta interessante é que grande parte dos artigos que abordam GVP o fazem em ambiente de manufatura. A vertente empírica desta tese reside nos estudos realizados em empresas. O objetivo destes estudos é validar empiricamente o modelo conceitual desenvolvido. Para tal foram realizados quatro estudos de caso que estão nos capítulos 5 e 6. No capítulo 5 foram realizados dois estudos em profundidade na indústria automotiva entre empresas contendo um relacionamento cliente-fornecedor em uma cadeia de suprimentos (fabricante de chassis de ônibus e encarroçadora). No capítulo 6 foi realizado um estudo comparativo na indústria automotiva e na de cosméticos, com o intuito de verificar a validade do modelo conceitual além do contexto vivido dentro da indústria automotiva. A criação de um modelo conceitual para a GVP e sua posterior aplicação empírica trouxe à tona importantes aspectos relacionados à GVP. O primeiro deles é a própria avaliação do modelo com suas dimensões e variáveis. Por se tratar de um dos primeiros esforços em organizar e sistematizar o conhecimento acerca da GVP, sua aplicação demonstrou aderência com a GVP realizada nas empresas (vertente empírica) bem como com a literatura acadêmica (vertente teórica). Por fazer parte do cotidiano de todas as principais áreas de uma organização, o caráter interdisciplinar da GVP foi ratificado. A partir da aplicação percebeu-se que áreas como a de operações e a ambiental buscam mitigar os efeitos negativos oriundos da variedade de produtos. Já as áreas de marketing e comercial focam aspectos positivos, em geral, alinhando a GVP como parte de suas estratégias para aumentar a receita e/ou participação de mercado. O pioneirismo desta tese não a exclui de possuir limitações. Dentre estas limitações a utilização de duas bases de dados (Science Direct e Emerald), um horizonte de sete anos (2005-2011) e duas indústrias (automotiva e de cosméticos) acaba dificultando a generalização dos resultados. Não obstante, estas limitações podem contribuir como ponto de partida para estudos futuros, seja ao ampliar as bases de dados, o horizonte temporal ou número de indústrias pesquisadas.

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