O presente trabalho foca na temática do gás natural como combustível de transição para uma econômica do hidrogênio. Nesse contexto, foi desenvolvida uma análise técnica de um processador de gás natural (GN) capaz de gerar uma corrente rica em hidrogênio nas especificações de uma célula a combustível de membrana com troca de prótons (PEM). Foi desenvolvido um modelo no simulador de processos Aspen Plus para a rota escolhida como estudo de caso contendo tecnologias já comprovadas na reforma do GN e condicionamento do gás de síntese. Para a dessulfuriziação do GN foram simuladas duas alternativas: a hidrodessulfurização (HDS) e a adsorção seletiva de enxofre (SARS), esta última que pode ser conduzida a temperatura ambiente, mas ainda se encontra em desenvolvimento. O modelo que obteve resultados satisfatórios consiste de duas unidades em série de (SARS), um reator de reforma a vapor do metano seguido de dois reatores de deslocamento reação de deslocamento gás-água (WGS) e um reator de oxidação preferencial (PrOX) de monóxido de carbono. Com os resultados obtidos do balanço de energia e de massa foi feita uma análise energética do processo que mostrou que é gerado um excesso de calor que não pode ser integrado, diminuindo a eficiência do processador. Nos resultados obtidos, o uso de HDS ou SARS para remoção do enxofre pouco afeta o balanço energético geral do processo, o que abre espaço para futuros trabalhos de análise comparativa dessas tecnologias. Por outro lado, a análise de viabilidade desta tecnologia no cenário brasileiro se mostra promissora em longo prazo, já que tanto a exploração e rede distribuição do gás natural, assim como as tecnologias de células de combustível estão recebendo incentivos para o seu desenvolvimento por parte do governo.