A serigrafia se revelou como área de interesse e pesquisa na minha vida acadêmica desde o momento em que participei, durante um ano e meio, do Programa de Monitorias no Laboratório de Gráfica da PUC-Rio. Neste período, entrei em contato com profissionais que dominam o método serigráfico e pude conhecer, a fundo, o universo gráfico-visual de impressão que esta técnica oferece. Desde então, ficou evidente a falta de conhecimento das possibilidades de aproveitamento da serigrafia pelos alunos de Design. Assim, procurei montar uma exposição no Solar Grandjean de Montigny com o objetivo de aproximar o universo dos alunos e o da serigrafia, fomentando a discussão em torno das possibilidades gráficas que aproximam a técnica serigráfica das atividades criadoras do profissional de Design. A exposição foi idealizada, não como um passo a passo didático, mas como um panorama criativo da serigrafia. Fotos, textos, trabalhos e oficina aberta de serigrafia experimental demonstraram a serigrafia como processo criativo independente e não somente como reprodução. Para compor um panorama da serigrafia, realizei um trabalho de curadoria com artistas plásticos de renome que utilizam a técnica, procurando, desta forma, revelar o espaço próprio da experimentação visual, que é o da Arte. Além de apresentar meus trabalhos com este processo, criados como peças de design e passíveis de serem reproduzidos em processos análogos. Por fim, a escolha de montar uma exposição foi mais uma forma de pôr em prática a experiência que obtive na Casa França-Brasil como estagiária em Programação Visual. Lá pude acompanhar e desenvolver peças para as exposições Arpad Szenes e Vieira da Silva - período brasileiro (2001); Devoção e Esquecimento - Presença do Barroco na Baixada Fluminense (2001); Egito Faraônico - Terra dos Deuses (2002); Pelé- A Arte do Rei (2002); Romanelli - as cores do tempo (2002) e Arte Popular no Rio de Janeiro (2002).