A monografia trabalha com o livro Persépolis, de Marjane Satrapi, uma autobiografia escrita em história em quadrinhos por uma iraniana que reside atualmente em Paris. A reflexão se desenvolve a partir do conceito de fora do lugar, que está presente na obra. O objetivo do trabalho é a análise deste conceito na narrativa Persépolis, considerando que a condição de deslocado é muito presente na modernidade e, especialmente, na contemporaneidade. Aborda-se o tema com o exame do texto e dos desenhos. Outra questão discutida é a legitimidade da autobiografia como fonte histórica e a importância do testemunho como fonte de estudo acadêmico historiográfico. Faz-se também um resumido panorama histórico da Pérsia - Irã. A análise do trabalho também conclui que existe uma dicotomia na obra Persépolis, já que tradição dialoga com modernidade: a narradora é fora de lugar e, portanto, moderna e a narrativa é épica, gênero literário de tradição no Irã, portanto tradicional.