Essa dissertação desenvolve uma reflexão sobre a possibilidade, ou não, do novo crente realizar uma verdadeira conversão cristã. Denominamos novo crente aqueles que transitam entre as igrejas, hoje, buscando desenvolver uma religiosidade com matizes próprios. A teologia cristã percebe que o homem pósmoderno pode encontrar-se numa situação de não-salvação devido às características de sua época, entre elas: individualismo, fechamento para a partilha dos dons e para a vida comunitária, egoísmo acentuado etc. A pesquisa evidencia a necessidade da vida comunitária no processo de verdadeira conversão cristã. Essa reflexão irá mostrar que tal situação de não salvação, atinge todo ser humano porque pecador. Mas mostrará que a proposta da salvação pela Graça de Deus mediante Jesus Cristo também é universal, e provoca uma mudança de comportamento e de atitudes conformadas com o Mestre por aqueles que se dispõem a segui-Lo. Essa questão encontra sua relevância à medida que interpela os cristãos, responsáveis pelo anúncio do Evangelho, a uma tomada de posição frente à mobilidade religiosa. A Igreja Católica deverá assumir a tarefa de rever sua linguagem teológica e sua pregação, bem como suas práticas pastorais, aceitando enfrentar os desafios que a mobilidade religiosa impõe à Igreja, a fim de acolher o novo crente numa atitude de autêntica conversão a Jesus Cristo.