Esta dissertação investiga o conceito de masoquismo na teoria freudiana, analisando seu desenvolvimento, reformulações e implicações teóricas e clínicas. Partindo da formulação inicial do masoquismo como perversão sexual, o estudo percorre as transformações conceituais até sua articulação com a pulsão de morte e a compulsão à repetição. A pesquisa propõe uma distinção entre o masoquismo estruturante, que sustenta a dor sem levar à destruição psíquica, e o masoquismo enquanto adoecimento, relacionado à culpa, ao Supereu punitivo e à submissão ao outro. Além das formulações de Freud, são discutidas contribuições posteriores, como o masoquismo guardião da vida e o masoquismo mortífero de Rosenberg. A dissertação também explora representações do masoquismo na cultura e utiliza referências cinematográficas para ilustrar suas manifestações subjetivas. A partir desse raciocínio de pesquisa, busca-se evidenciar a complexidade do masoquismo, mostrando como ele pode operar tanto na sustentação psíquica quanto na repetição destrutiva do sofrimento.