A presente tese versa sobre as metamorfoses do espaço urbano e, portanto, metamorfoses da cidade, a partir de uma nova condição, a instagramização. Para tanto, consideramos em nossa pesquisa as condições espaço-temporais que possibilitaram a emergência de um mundo cada vez mais digitalizado e financeirizado, bases para a instagramização do urbano. Dessa forma, dedicamos o primeiro capítulo à investigação acerca do espaço dito instagramável, articulando suas materialidades (os bricks) e suas imaterialidades (os bits). Diante da realidade cada vez mais espetacularizada e mediada por imagens, faz-se mister discutir o papel da imagem na produção do espaço urbano, tema discutido no capítulo dois, posto que as inovações em marketing ‒ como o city branding ‒ têm participada cada vez mais dos processos de acumulação capitalista. Por fim, o último capítulo é dedicado à sustentação teórico-metodológica de nossa tese ‒ a instagramização tem participado da reprodução do espaço urbano, mobilizando a renda fundiária e a renda informacional em prol dos circuitos de acumulação financeirizados.