Na literatura patrística, as mulheres foram retratadas de maneiras diversas em relação ao seu papel no cristianismo. Os Padres reconheceram a importância das mulheres na história da salvação e no desenvolvimento da fé cristã. Por exemplo, Justino, Agostinho, Gregório de Nazianzo, João Crisóstomo e Jerônimo são Padres que apresentaram o perfil das mulheres fortes que contribuíram no estabelecimento do cristianismo. Esses escritores patrísticos registraram a presença e a participação das mulheres em eventos cruciais do cristianismo, como testemunhas da Ressurreição e como protagonistas de missões importantes, porém é relevante considerar o contexto cultural da época para uma interpretação adequada, evitando distorções. Além disso, a literatura patrística também destaca a força, autoridade e generosidade das mulheres, que desempenharam papéis significativos no governo, no ensino e na santidade, seja em âmbito caseiro, eclesial ou social. As mulheres foram ativas como esposas, virgens consagradas, viúvas, mártires e monjas, demonstrando, assim, sua relevância em diferentes esferas da vida. Além disso, na história, várias mulheres foram companheiras de missão e mantenedoras de ministérios dos próprios Padres, desempenhando papéis fundamentais na propagação da fé e no serviço à comunidade cristã. Macrina, Nona e Gorgônia, Mônica, Marcela, Paula, Olímpia, Demétria, são alguns exemplos de mulheres fortes, com autoridade e liderança no movimento cristão. O magistério católico recente oferece importantes reflexões sobre a relevância das mulheres e o Papa Francisco promove, sobretudo mediante ações, uma participação mais ativa, reconhecendo o papel das mulheres no contexto atual, em sintonia com os ensinamentos da Sagrada Escritura e da tradição cristã.