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A violação de direitos autorais é passível de sanções civis e penais.
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Coleção Digital
Título: EU NÃO ENTREVISTO NEGROS: NARRATIVAS (ANTI)RACISTAS, BRANQUITUDE E NEGRITUDE NO CONTEXTO CORPORATIVO Autor: CLEIDE MARIA DE MELLO
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):
LIANA DE ANDRADE BIAR - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 69329
Catalogação: 10/02/2025 Liberação: 18/02/2025 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69329&idi=1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69329&idi=2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69329
Resumo:
Título: EU NÃO ENTREVISTO NEGROS: NARRATIVAS (ANTI)RACISTAS, BRANQUITUDE E NEGRITUDE NO CONTEXTO CORPORATIVO Autor: CLEIDE MARIA DE MELLO
Nº do Conteudo: 69329
Catalogação: 10/02/2025 Liberação: 18/02/2025 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69329&idi=1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=69329&idi=2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.69329
Resumo:
Esta pesquisa surgiu em 2017, a partir de uma postagem na rede social
LinkedIn no Brasil, feita por um empresário branco denunciando a atitude racista
de um recrutador que se recusou a entrevistar um competente candidato – 32
anos, graduado em TI, inglês fluente e pós-graduado nos EUA – alegando “Não
entrevisto negros”. Essa publicação gerou mais de meio milhão de visualizações
e levantou a questão: de que adianta as/os negras/os se qualificarem se as
empresas não estão qualificadas para recebê-las/os por conta do racismo? De
orientação qualitativa interpretativista, com particular interesse em seu aspecto
social e discursivo, este estudo se propôs a investigar o racismo corporativo,
através da análise de narrativas de três CEOs (Chief Executive Officers ou
Diretoras/es Executivas/os) brancas/os que se engajaram em movimentos pela
Diversidade e Inclusão e, mais especificamente, em movimentos antirracistas,
bem como as narrativas de consultoras/es negras/os e de um representante do
Movimento Negro que, a convite dos empresários, acompanharam essas
iniciativas. Esses eventos discursivos foram transcritos e analisados com o
objetivo de compreender quais crenças e ideologias da branquitude e da negritude
estão em embate no ambiente corporativo, de que forma esses CEOs constroem
seu engajamento nos movimentos antirracistas e como essas narrativas de
engajamento, defesa e atuação pela inclusão racial em empresas emergem,
embasam e fortalecem (ou não) esses movimentos antirracistas. Essas análises
de narrativas foram feitas a partir da metodologia de laminação tripla de
observação, sendo que na primeira lâmina, foi observada a estrutura da narrativa,
na segunda, as interações entre os participantes do evento discursivo e na terceira
as condições sócio-históricas que permeiam o discurso e suas relações e
eventuais tensões entre as esferas micro e macro. Essas lâminas evidenciaram
categorias analíticas que sobressaíram nas falas da maioria dos entrevistados,
como o ponto de virada (ou o momento em que decidiram aderir ao movimento),
a escolha de metáforas auto elogiosas, as performance narrativas que emergem
de suas histórias de vida, a assimetria interacional que faz com que as/os
consultoras/es negras/os se sintam inibidas/os frente aos CEOs e finalmente, os
embates entre as esferas macro, como a lei que criminaliza o racismo na
sociedade brasileira e micro, o racismo corporativo, que impede a entrada de
profissionais negros nas empresas. Por se tratar de uma inusitada estratégia de
resistência ao racismo, historicamente protagonizada pelo Movimento Negro no
Brasil, a análise das narrativas de adesão de CEOs brancas/os, ricas/os e
hegemônicos a movimentos pró-Diversidade e Inclusão, particularmente racial,
sugere que sua motivação para esse engajamento pode vir tanto do “coração” e
sua não-aceitação da insustentável desigualdade racial, quanto das vantagens
financeiras resultantes dessa mesma diversidade e inclusão em suas empresas.
Embora ainda não se possa vislumbrar o fim do racismo, que perdura há cinco
séculos em nossa sociedade, conclui-se que qualquer movimento pró-mudança é
bem-vindo, pois permitirá a ascensão de uma geração de negras e negros que,
até agora, mesmo com qualificação acadêmica e profissional, tem sido
discriminada e mantida fora do mundo do trabalho ou em situação de subemprego.
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