Considerando que o sucesso no acesso aos espaços universitários não trouxe igualdade de oportunidades para as mulheres mães, essa investigação traz para a discussão como os caminhos percorridos pelas mães universitárias podem nos indicar a real condição dessa estudante não tradicional dentro da academia. Observando a dinâmica das relações das mulheres mães universitárias dentro dos espaços universitários, no que tange os limites da afiliação ou a sua não atribuição, este trabalho analisa como as violências simbólicas, a falta de estrutura, de reconhecimento e de políticas afirmativas voltadas ao grupo das mulheres mães universitárias não só impactam a vida acadêmica, mas funcionam como marcador de opressão que atua diretamente como empecilho para a integração e “afiliação” das mulheres mães universitárias ao espaço acadêmico e no fazer acadêmico. Para compreender a condição da mulher mãe estudante essa dissertação ouviu, através de entrevista semiestruturada, 08 discentes mães da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O embasamento teórico se deu por revisão bibliográfica de autores que abordam permanência universitária, trajetória universitária, história social da mulher e a maternidade.