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A violação de direitos autorais é passível de sanções civis e penais.
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Coleção Digital
Título: CONFLITO TRABALHO-FAMÍLIA E INTERSECCIONALIDADE: EXPERIÊNCIAS ARTICULADAS DE MULHERES EM CIRCUITOS DE CUIDADO INFANTIL Autor: PAULA FURTADO H DE Q MONTEIRO
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):
ALESSANDRA DE SA MELLO DA COSTA - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 68296
Catalogação: 03/10/2024 Liberação: 03/10/2024 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68296&idi=1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68296&idi=2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68296
Resumo:
Título: CONFLITO TRABALHO-FAMÍLIA E INTERSECCIONALIDADE: EXPERIÊNCIAS ARTICULADAS DE MULHERES EM CIRCUITOS DE CUIDADO INFANTIL Autor: PAULA FURTADO H DE Q MONTEIRO
Nº do Conteudo: 68296
Catalogação: 03/10/2024 Liberação: 03/10/2024 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68296&idi=1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=68296&idi=2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.68296
Resumo:
Esta tese teve como objetivo compreender, por meio de uma análise de
narrativa temática interseccional, as experiências de conciliação trabalho-família
das diferentes mulheres que compõem circuitos de cuidado infantil. Para atingir
esse objetivo, foram realizadas entrevistas com quatro mulheres que realizam a
atividade de cuidado em domicílio, de forma remunerada ou não, a crianças de 0 a
6 anos de idade e que fazem parte dos diferentes elos de um circuito de cuidado.
Para análise dos depoimentos recolhidos, foi utilizado o método análise de narrativa
temática reflexiva, proposto por Braun e Clarke (2022), junto a um modelo analítico
de narrativa interseccional, sugerido pela autora deste estudo. Os resultados
encontrados foram apresentados em três grandes temas: 1) Peculiaridades
Individuais Inseridas em Conjunturas Sociais de Opressão; 2) Configurações e
Estratégias em um Circuito de Cuidado; e 3) Conflito Trabalho-Família e
Interseccionalidade no Trabalho de Cuidado. Diante da análise de um perfil de
entrevistadas heterogêneo, inicialmente, as peculiaridades individuais de cada uma
foram apresentadas, e colaboraram para dar visibilidade ao contexto social, que foi
pano de fundo para a análise dos outros grandes temas. Em seguida, a análise das
configurações do circuito de cuidado (Guimarães, 2020) pesquisado demonstrou o
entrelaçamento das diferentes interações que constituem a estrutura de cuidado
infantil - destacando quem realiza a atividade de cuidado, qual significado atribui
ao trabalho, qual o tipo de relação social é estipulado para realização do trabalho
(mercantil ou não mercantil) e qual o modo de retribuição (monetária ou não) está
envolvida nessa relação. Foi identificado que as diferentes relações sociais que são
tecidas na organização do cuidado infantil garantem que mulheres que são mães e
que trabalham fora conciliem as suas demandas de cuidado e profissionais. Nesse
sentido, constatou-se que dependente do trabalho de cuidado não é só a criança que
é cuidada, mas também quem depende do trabalho de cuidado executado por outras
pessoas para trabalhar. Além disso, este estudo ratifica que são as mulheres negras
e pobres que realizam a maior parte do trabalho de cuidado no Brasil. Em relação
aos resultados do terceiro grande tema, Conflito Trabalho-Família e
Interseccionalidade no Trabalho de Cuidado, foram demonstrados os motivos
individuais que levam as entrevistadas a vivenciar o conflito trabalho-família, que
foram agrupados em três temas: 1) O Acúmulo de Atividades e o Sentimento de
Culpa; 2) Barreiras da Vida Familiar; e 3) Obstáculos Ligados ao Trabalho
Remunerado. Esses temas surgiram com base na leitura prévia sobre o assunto, mas
dois subtemas foram desvelados à posteriori. São eles: 1) Afetos e Desafetos com
a Trabalhadora de Cuidado Remunerado, que destacou os conflitos vivenciados
pela patroa em relação a trabalhadora de cuidado profissional, que impactam a sua
vida profissional; e 2) Os des(Acordos) e os Efeitos do Trabalho Informal,
referindo-se aos conflitos experimentados pela trabalhadora doméstica que afetam
a sua vida familiar e demonstram a falta de valorização e reconhecimento desse
ofício. A análise de narrativas temática interseccional permitiu identificar, de forma
relacional, as diferentes relações de poder que estão presentes em um circuito de
cuidado, que moldam a forma como as mulheres diversas que o compõem
equilibram as demandas do trabalho e da família. Desta maneira, constatou-se que
o patriarcado, o racismo e a desigualdade econômica são fatores interligados que
privilegiam determinados grupos em detrimento de outros e mantém viva a
exploração das trabalhadoras de cuidado (remuneradas ou não). Desvelar esta
complexa relação que se estabelece de forma invisível aos que olham, mas é
presente aos que a experimentam, as possíveis causas da criação e manutenção das
desigualdades sociais são destacadas e se torna possível iniciar um processo de
justiça social. Nesse sentido, o presente estudo buscou contribuir : 1) para as
organizações, relações de trabalho e estudos de gênero, ao analisar as experiências
das diferentes mulheres que realizam atividades de cuidado no seu cotidiano, as
relações sociais as quais se envolvem e que as permitem se engajar no mercado de
trabalho, os fatores geradores do conflito trabalho-família vivenciado por elas e que
impactam o bom desempenho organizacional e, diante disso, criticar a lógica
patriarcal dominante responsável pela manutenção da divisão sexual do trabalho; e
2) para a sociedade, com um maior entendimento acerca das experiências desiguais
vivenciadas por essas mulheres, provocando uma conscientização acerca do papel
das relações individuais, organizacionais e do Estado na organização do cuidado e
sua incidência na apropriação do tempo de trabalho e energia das mulheres. Por
fim, o estudo buscou explicitar a necessária disponibilização de serviços públicos,
tais como: creches públicas, proteção social e acesso à previdência às donas de casa,
e garantia de direitos que impeçam a exploração do trabalho doméstico e de
cuidado.
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