O artigo aborda as repercussões do trabalho escravo contemporâneo na realidade do Distrito Federal, com o objetivo de analisar sua incidência e formas de enfrentamento. Trata-se de pesquisa qualitativa, baseada em revisão bibliográfica e documental, com utilização de fontes secundárias acessadas em banco de dados e páginas eletrônicas de órgãos governamentais. Considera-se que a superexploração da força de trabalho é fundamental para a reprodução dos interesses capitalistas ao naturalizar as formas degradantes de trabalho, o rebaixamento salarial e as jornadas laborais extenuantes. Essa realidade expõe os limites e impasses das ações de prevenção e combate ao trabalho escravo, como no caso do Distrito Federal. A pesquisa identificou medidas de reinserção no mercado de trabalho caracterizadas predominantemente pelo incentivo ao empreendedorismo, o que reforça uma perspectiva neoliberal de culpabilização e responsabilização individuais.