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Coleção Digital
Título: A ÉTICA DO DEVER EM KANT E A ÉTICA DO DESEJO EM LACAN: APROXIMAÇÕES E DIFERENÇAS Autor: MARICIA AGUIAR CISCATO
Instituição: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO - PUC-RIO
Colaborador(es):
VERA CRISTINA DE ANDRADE BUENO - ORIENTADOR
Nº do Conteudo: 10694
Catalogação: 05/10/2007 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10694@1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10694@2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10694
Resumo:
Título: A ÉTICA DO DEVER EM KANT E A ÉTICA DO DESEJO EM LACAN: APROXIMAÇÕES E DIFERENÇAS Autor: MARICIA AGUIAR CISCATO
Nº do Conteudo: 10694
Catalogação: 05/10/2007 Idioma(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TESE
Natureza: PUBLICAÇÃO ACADÊMICA
Nota: Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
Referência [pt]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10694@1
Referência [en]: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=10694@2
Referência DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.10694
Resumo:
Na Crítica da Razão Prática (1788), Kant debruça-se sobre
o problema da
ética a fim de apresentar um enunciado capaz de
fundamentar e orientar a ação
humana. O imperativo categórico vem encarnar aquilo que é
o coração de uma
ética denominada por Kant de ética do dever, calcada na
razão e em uma vontade
dita pura, desvinculada de todas as inclinações chamadas
patológicas, ou seja,
desvinculada do prazer e da felicidade. Cerca de um século
depois, Freud, ao
afirmar que o eu não é senhor em sua própria morada, lança
o sujeito racional a
um lugar desconcertante, com um controle ínfimo sobre suas
ações e decisões.
Diferente de Kant, Freud não acredita que o sujeito está
inclinado ao prazer e à
felicidade. Aquilo que está além do Princípio do Prazer é
uma noção freudiana
fundamental, retomada por Lacan quando, em 1959, ele se
propõe a abordar, em
seu seminário de número sete, uma ética da psicanálise. A
vontade pura,
formulada por Kant para pensar a ética do dever, torna-se,
então, referência maior
para que Lacan aborde o que denomina de desejo puro.
Aproximando-se daquilo
que no sujeito aponta para além do princípio do prazer,
Lacan, em um movimento
inesperado, remete a proposta ética kantiana à filosofia
libertina de Sade, pois
acredita que Sade ajuda a explicitar a divisão do sujeito;
divisão presente, mas
velada em Kant. Aquilo que no sujeito aponta para além do
princípio do prazer é,
assim, fundamental para Lacan construir uma ética que
coloca o desejo em
primeiro plano. É também o que traz à ética da psicanálise
um sério problema,
uma vez que a remete a uma dimensão trágica. Antígona, de
Sófocles, serve a
Lacan para demonstrar aonde se pode chegar com o desejo
puro.