O MÉTODO ZAMBRANIANO COMO CAMINHO POSSÍVEL DE UMA ARTE POÉTICA DA TRADUÇÃO: CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRÁTICA TRADUTÓRIA NO ÂMBITO DA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA
Partindo das reflexões de Hans-Georg Gadamer, Paul Ricœur e María
Zambrano, este artigo explora a questão da hermenêutica filosófica na sua ligação com a tradução. Num primeiro momento, analisam-se as abordagens da fusão de horizontes de Gadamer e hospitalidade linguística de Ricœur, mostrando de que forma a abordagem ricœuriana se afasta da visão de Gadamer e se aproxima da noção de autonomia da imaginação de María Zambrano. Num segundo momento, o qual designo como sendo práxis tradutória, apresentam-se trechos da tradução comentada do texto Amo mi exilio da filósofa María Zambrano e um de seus poemas, tendo como proposta de tradução seu próprio método.