Bullet de separação principal Bullet de separação edital Bullet de separação busca Bullet de separação links Bullet de separação equipe Bullet de separação contato
Bullet de separaçãoEQUIPE
Bullet de separaçãoSUMÁRIO
Bullet de separaçãoAPRESENTAÇÃO
Bullet de separaçãoARTIGOS DA EDIÇÃO ESPECIAL VIOLÊNCIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Bullet de separaçãoARTIGOS DO FLUXO CONTÍNUO
Bullet de separação grande  ARTIGOS

Título
PODE A NATUREZA FALAR?:A VIOLÊNCIA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA NÃO ANTROPOCÊNTRICA  

Data de Catalogação:
07/05/2019

Autores
RACHEL PIRES DO REGO

DOI

Resumo
O presente artigo pretende desestabilizar os fundamentos do binarismo humanidade/natureza por meio de uma reflexão que amplie o escopo da definição tradicional de violência, demasiadamente antropocêntrica, de maneira a abrir espaço para o reconhecimento de outras formas de violência perpetradas contra outros sujeitos, notadamente não-humanos. Para tanto, o artigo investiga a partir de uma perspectiva pós-colonial a equivalência entre o binarismo humanidade/natureza e a dicotomia colonizador/colonizado, reiterando a ideia central de que a animalização e a desumanização de certos seres humanos é fundamentada e autorizada pela subjugação dos animais através de práticas de violência. Esta literatura se intercala com um marco pós-estruturalista como fonte de desconstrução das fronteiras que separam a humanidade da natureza, indicando também qual seria o movimento de resistência mais apto a romper com as práticas de violência direcionadas aos não-humanos. O artigo tenta, por fim, demonstrar como a eliminação completa dos termos do antropocentrismo seria impossível e indesejável, na medida em que é a partir deles que um discurso de resistência subversivo pode se afirmar, vislumbrando a possibilidade de instituição de um terceiro espaço, novo e autoral, resultado da imbricação do discurso colonial e das cosmologias ameríndias.