Bullet de separação principal Bullet de separação edital Bullet de separação busca Bullet de separação links Bullet de separação equipe Bullet de separação contato
Bullet de separaçãoEQUIPE
Bullet de separaçãoSUMÁRIO
Bullet de separaçãoAPRESENTAÇÃO
Bullet de separaçãoARTIGOS DA EDIÇÃO ESPECIAL VIOLÊNCIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Bullet de separaçãoARTIGOS DO FLUXO CONTÍNUO
Bullet de separação grande  ARTIGOS

Título
DAVID CONTRA GOLIAS:A PERICULOSIDADE DA ALTERIDADE E A AQUIESCÊNCIA AO INTOLERÁVEL  

Data de Catalogação:
07/05/2019

Autores
JULIA NOGUEIRA DA COSTA ARAUJO

DOI

Resumo
O artigo em questão busca analisar o processo através do qual a identidade nacional israelense é afirmada em movimento concomitante à sua alteridade e os corolários desta dualidade. Argumenta-se que, de forma a se afirmar como identidade e nação estável e, portanto, legítima à região, Israel precisa de uma alteridade dita inferior. Os palestinos, nesta dicotomia eu e outro, são construídos como pertencentes à ala desumana e bárbara. Por meio de discursos de líderes políticos, sociais e pelas mais diversas representações culturais, a alteridade é representada como constitutiva de ameaça existencial ao Estado de Israel e seus cidadãos. Infere-se que, de forma a sustentar a existência unitária e homogênea do Estado de Israel, são produzidos e reproduzidos discursos de perigo nacional que são caracterizados pela designação da identidade palestina como ameaça. Lançando mão das abordagens acerca de identidade e segurança, busca-se dissecar os mecanismos através dos quais a imprescindibilidade de garantia da segurança se transmuta em violações diversas. Através desta narrativa são possibilitados instrumentos institucionalizados de controle, cerceamento e extermínio da população palestina. A nakba palestina acaba por não se restringir aos eventos de 1948, mas se faz presente em movimentos cotidianos de tentativa de supressão da alteridade periculosa e ameaçadora. Suscitam-se reflexões sobre como a articulação do perigo nacional e a urgência de segurança frente ao mesmo, legitima e torna ordinários processos de supressão de direitos, marginalizações e, por vezes, massacres.