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Título
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ASIR GRADUALMENTE LA REALIDAD: PARA UN PRINCIPIO DE CORRESPONDENCIA ONTOLÓGICO-EPISTEMOLÓGICO |
Data de Catalogação: 06/05/2014
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Autor(es) |
CARLOS SIERRA LECHUGA
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Palavras-Chaves |
CONSTITUICAO; CORRESPONDENCIA; ESTRUTURA; REALIDADE; |
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DOI |
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Resumo |
Quando o homem estuda o que seja, espera que de algum modo capture
o real. Este trabalho trata de esclarecer com precisão esse «modo» em que
o real é o real. Os entes da razão matemática não são reais do mesmo modo
que os objetos físicos do mundo ou que os entes metafísicos circunscritos na
totalidade. A realidade nos resiste: não se pode dizer qualquer coisa dela e por
isso é preciso distingui-la em graus. O conceito de realidade graduada não é
novo (Dionísio Areopagita falava já das hierarquias no tocante ao celeste e
Santo Tomás de Aquino explicitou certo graus do ser), no entanto, é urgente
recuperá-lo. Nesta medida, uma realidade gradual é, frente a tudo, uma
realidade estruturada. A diferença implícita entre os graus reside no modo
em que estruturalmente resistem-se, tanto entre si, quanto para conosco. Para
o nosso contexto, isto é pertinente para se tratar conjuntamente a ciência e a
religião, pois, ainda que ambas propõem uma abordagem ao real, seu meio e fim
abordá-lo é gradualmente distinto. Tal distinção evita, por sua vez, impor certas
realidades e seus saberes sobre outros, pois, uma realidade estruturada, além
de possuir passos consequenciais, possui graus constituintes. As implicações
práticas disso são, por exemplo, distinguir os resultados físicos das conclusões
metafísicas, ou as abordagens matemáticas ou experimentais dos místicos ou
rituais; pois eles não nos resistem do mesmo modo, tal como a causa de uma
aceleração (a força) e a Causa Primeira (Deus). Ainda, pois, para que nosso
estudo da realidade seja coerente, deve ter-se em conta a resistência de uma
realidade gradual. Investigaremos, filosoficamente, como integrar de maneira
coerente os graus do saber com os graus de realidade; para nós, é crucial um
Princípio de Correspondência ontológico-epistemológico (inspirados em N.
Bohr). Como diria J. Maritain, teremos que distinguir para unir. |
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