A Revista Hurbinek adota o sistema de publicação em fluxo contínuo.

Capa do fasciculo 2024 2023 | Nº 1
2024 2023 | Nº 1  

EDIÇÃO ATUAL

Este número reúne quatro artigos, que exploram vertentes diversas da obra de Primo Levi e seu legado. O primeiro deles – de autoria de Anna Basevi – propõe um diálogo entre Franz Kafka e Primo Levi, tomando como eixo dois de seus personagens, Odradek e Hurbinek, presentes respectivamente nas obras O processo e A trégua. Pedro Caldas, no segundo artigo, trata da recepção de uma das mais importantes obras de Primo Levi – A tabela periódica – pela crítica italiana, imediatamente após o seu lançamento em 1973. Leila Danziger, no terceiro artigo, comenta as imagens de obras de sua autoria como artista plástica, exibidas em mostra por ela realizada no Museu Judaico de São Paulo, entre julho de 2022 e janeiro de 2023. Trata-se de uma aproximação visual com temas caros a Primo Levi. O quarto artigo, de autoria de Renato Lessa, explora as possibilidades de uma “antropologia primoleviana”, com base em referências à condição humana presentes na obra de Primo Levi. Duas resenhas completam o conjunto dos textos, de autoria de Sergio Schargel e Jimmy Sudário, a propósito de dois livros cujas temáticas inserem-se no campo primoleviano.


ARTIGOS
ANNA BASEVI
PEDRO SPINOLA PEREIRA CALDAS
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO)
LEILA DANZIGER
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO)
RENATO LESSA
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO)


RESENHAS
SERGIO SCHARGEL
(UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE)
JIMMY SUDARIO CABRAL
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA)
Capa do fasciculo 2024 2022 | Nº 2
2024 2022 | Nº 2  


Este volume, para além de textos originais de autores brasileiros sobre Primo Levi, apresenta um pequeno dossier a respeito de Jean Améry. Dois ensaios inéditos no Brasil, já publicados na Argentina e na Itália, também são incluídos. O volume inclui ainda, em primeira mão, texto de conferência do historiador Dan Diner, sobre sentidos distintos da ideia de morte.


ARTIGOS
AISLAN CAMARGO MACIERA
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
CAROLINA SIEJA BERTIN
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)
PAULA SIMON
(UNIVERSIDADE NACIONAL DE CUYO)
DOMENICO SCARPA
(CENTRO PRIMO LEVI)
DENISE ROLLEMBERG
(UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE)
WALDOMIRO JOSE SILVA FILHO
(UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA)
MONICA GRIN
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO)


RESENHAS
RENATO LESSA
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO)
AVRAHAM MILGRAM
(MUSEU YAD VASHEM)
Capa do fasciculo 2024 2022 | Nº 1
2024 2022 | Nº 1  


Este primeiro número está composto integralmente por textos apresentados no Colóquio Mundos de Primo Levi, em alusão ao centenário de nascimento do escritor, realizado na PUC-Rio, em setembro de 2019.


ARTIGOS
ANDREA LOMBARDI
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO)
DAVI PESSOA
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO)
EDUARDO VIDAL
(ESCOLA LETRA FREUDIANA)
JOAO PEDRO MOURA ALVES FERNANDES
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO)
LEANDRO DONNER
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO)
LEILA DANZIGER
(UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO)
GAETANO D´ITRIA
(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO)
ROSANA KOHL
(PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO)
ANNA BASEVI


RESENHA
APOIO
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ARTIGOS

TÍTULO
BARBÁRIE, HOSPITALIDADE, TROCA: O ESTRANGEIRO EM PRIMO LEVIIcone PDF


AUTORES
ANNA BASEVI

DATA DE CATALOGAÇÃO
17/02/2022

DOI
PALAVRAS-CHAVES
BARBARIE; HOSPITALIDADE; PRIMO LEVI; TROCA;

RESUMO
Desde suas primeiras narrativas Primo Levi demonstra ser atraído pelo campo semântico da palavra bárbaro e de sua etimologia. Todavia, a barbárie moderna é aquela do nazismo, cuja representação entrecruza reflexões de vários autores sobre totalitarismo e antissemitismo (Arendt, Sartre, Todorov, Bauman). Levi, que vivenciou em primeira pessoa as consequências de um sistema anti-estrangeiro, insiste na ideia de uma origem pré-humana da pulsão de hostilidade. Todavia, a curiosidade pertence a muitos personagens e constitui até o motor da observação do mundo. Contradizendo, portanto, a visão positivista defendida em artigos, os estrangeiros da narrativa primoleviana movem-se frequentemente em um espaço totalitarista que forja o binômio estrangeiro-inimigo, porém interiormente impulsionados por atitudes de interesse aos outros. As várias cenas situadas no Lager entre prisioneiros de línguas distantes mostram um aspecto essencial: os gestos de troca. Estes estão disseminados na literatura de Levi e remetem ao espaço da hospitalidade redefinido por Derrida como espaço inaugurado pelo gesto da acolhida. A relevância da troca e da simpatia (Paul Ricoeur) como modelo de reação primária e simples aos outros seres humanos apresenta-se ainda hoje em sua gritante atualidade, enquanto a percepção do inimigo e as divisões étnico-religiosas configuram- -se sobretudo como uma construção política interna à nossa civilização.