Atualmente, no que diz respeito a planejamento de sistemas de potência, a política de segurança adotada mundialmente considera eventos como falha aleatória de um ou, no máximo, dois componentes do sistema. Partindo dessa premissa, diferentes modelos e abordagens foram apresentados com o intuito de determinar um despacho das usinas capaz de suprir à demanda, mesmo em caso de contingência (falha) de um ou dois elementos do sistema. Esses padrões são os tradicionalmente conhecidos critérios de segurança n-1 e n-2 apresentados em [1] e [2]. Dessa maneira, tanto a operação quanto o planejamento dos sistemas de potência não são planejados para resistir a múltiplas falhas simultâneas de geradores e/ou linhas. Alguns recentes casos de cortes de carga envolvendo (supostamente) coincidentes indisponibilidades de componentes do sistema, no entanto, colocam a política atual em xeque. Infelizmente, o Brasil vem registrando alguns casos de apagões, dentre os quais, citamos alguns [3][4] a seguir.
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