As Fontes renováveis de geração de energia têm despertado o interesse de muitos países como meio de promover um desenvolvimento limpo da matriz energética. No caso do Brasil, pequenas usinas hidroelétricas e a cogeração a partir do bagasso de cana-de-açucar representam alternativas atraentes, com centenas de MW instalados desde 2004. Apesar de seus benefícios, a disponibilidade sazonal, embora complementar, dessas alternativas representa um obstáculo. Isso obriga os produtores a descontar (precificar) o risco na hora de firmar contratos de energia, e pode levar a inviabilidade comercial de determinados projetos. No presente trabalho, propomos um modelo de otimização estocástica que defina a composição ótima de um portfólio com base nessas duas fontes renováveis, a fim de maximizar a receita de uma comercializadora de energia. O modelo proposto busca mitigar os riscos relacionados à indisponibilidade dos recursos hídricos e de combustível, permitindo, assim, que ambas as fontes participem de forma competitiva no ambiente de contratação livre. Um estudo de caso é apresentado com base em dados realistas do sistema elétrico brasileiro.
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