Esta pesquisa tem por objetivo evidenciar a relação entre a forma como o discurso histórico escolar é elaborado pelos professores em sala de aula e a construção identitária dos discentes. Para isso, compreende-se o conceito de representação como elemento chave nos processos de identificação, subjetivação e incorporação ativa do imaginário social presente na realidade brasileira. Partindo da perspectiva teórica proporcionada pela Nova História Cultural, aliada aos estudos sobre o ensino de história, é intenção salientar o potencial performativo do discurso, bem como frisar o compromisso educacional de constante combate às desigualdades sociais. Para isso, a proposta apresentada no presente trabalho baseia-se na formulação e aplicação de uma narrativa histórica descentrada, denominada multiculturalismo performativo, capaz de fornecer subsídios para uma reflexão crítica pelos discentes acerca da realidade e abrir, assim, possibilidades para atitudes transformadoras.