Os homens livres que não fossem brancos, não tivessem posses, residência fixa e matrimônio eram geralmente comparados a vadios e bandidos, ou seja, produzia-se um preconceito que os desqualificava diante do modelo societal do século XVIII, mesmo que tivessem auxiliado na manutenção da ordem social e econômica da colônia. O relatório produzido pelo Marquês do Lavradio em 1779 para informar seu sucessor no vice-reinado é fonte significativa para verificarmos tais condicionamentos e exclusões. Ainda que o Marquês seja uma das raras vozes que vê com diferentes olhos aqueles chamados chamados de vadios, argumentando que nem todos assim qualificados eram desempregados e bandidos. Identifiquei que nos dois documentos os homens foram classificados como vadios pela sua condição social e não por estarem ou não exercendo uma atividade profissional remunerada.