Falar sobre inclusão é, sem dúvida, um dos maiores desafios da sociedade nos dias de hoje e que se perpetua desde o passado. A educação inclusiva foi desenvolvida na década de 70 e engloba muito mais do que apenas pessoas com deficiência, e sim, suas famílias, escolas e sociedade como um todo. Sendo assim, o foco do presente estudo foi buscar a compreensão do processo de inclusão das pessoas com deficiências e a forma como a sociedade lida como as deficiências considerando as ideias de ética e moral desta sociedade. Foram relatadas as circunstâncias interativas que o mundo estabelece com o indivíduo, as relações dos professores, da educação, dos ambientes e toda a rede regular social. Assim, teve-se o intuito de avaliar como ocorre o processo de inclusão e imersão dos indivíduos dentro da sociedade, no contexto da classe comum, em que a maioria das pessoas, não apresenta tais necessidades. Acredita-se que essa situação traz impactos em relação às possibilidades de interação, comunicação e construção de conhecimento, tanto da sociedade quanto de quem sofre sendo excluído. O estudo foi conduzido no sentido de descrever como a falta de condições implica na não existência de um território comum, derivando consequências como a exclusão no lugar da inclusão, principalmente porque algumas instituições estão despreparadas para atender e acolher esses indivíduos. O mundo no transcorrer da sua história, se caracterizou pela visão elitista da educação onde a escolarização, na verdade é um privilégio de um grupo - uma exclusão que foi legitimada nas políticas e práticas educacionais na sociedade. A partir do processo de democratização da educação se evidenciou o paradoxo inclusão/exclusão, quando os sistemas de ensino universalizam o acesso, mas continuam excluindo indivíduos e grupos considerados fora dos padrões normais da sociedade. Acredita-se que o estudo realizado possa contribuir para uma maior conscientização e reflexão sobre a relevância do cuidado, atenção e contextualização da Inclusão e sua realidade, no desenvolvimento infantil. O estudo buscou despertar a curiosidade e o interesse de se colocar a mão na massa e considerar mudanças nas crenças tão enrijecidas e nos preconceitos que se perpetuam dentro da sociedade.