A contemporaneidade é marcada pela velocidade das mudanças dos modos de se expressar, se construir, se relacionar com si mesmo e com o outro. Isso foi construído a partir da Revolução Industrial, que ao romper com o modelo de sociedade medieval, possibilitou que a sociedade se organizasse da maneira que conhecemos hoje. O Estado se forma e o controle passa a ser necessário a fim de dar conta da sociedade fragmentada. O indivíduo, em meio a tantas mudanças, busca refugio no espaço privado, longe do controle e da vigilância, para poder se diferenciar a partir uma identidade própria. A partir desse momento, abre-se um espaço pra construção da subjetividade e por conseguinte, da intimidade. A intimidade, portanto, começou a ser expressa de diferentes maneiras, e, com a chegada da Revolução Digital ao final do século XX e início do século XXI, novas formas de ser e estar no mundo se tornam possíveis. As redes sociais, peça chave das mediações relacionais da contemporaneidade, possibilitam que a expressões e construções de si ganhem uma nova dimensão. A exposição, o consumo, o relato da intimidade são elementos importantes para o entendimento dessa nova forma de construção da subjetividade. Este trabalho, portanto, tem como objetivo compreender as novas formas de construção de subjetividade e as expressões da intimidade no ambiente digital, sobretudo nas redes socias.