Título: | ENTRE PAUS E PEDRAS: A BOSSA NOVA COMO INSTRUMENTO DA DIPLOMACIA CULTURAL BRASILEIRA (1960-1970) | ||||||||||||
Autor(es): |
LUCAS DOS SANTOS CASTRO |
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Colaborador(es): |
JOAO DANIEL LIMA DE ALMEIDA - Orientador |
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Catalogação: | 31/JUL/2025 | Língua(s): | PORTUGUÊS - BRASIL |
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Tipo: | TEXTO | Subtipo: | TRABALHO DE FIM DE CURSO | ||||||||||
Notas: |
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Referência(s): |
[pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/TFCs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=71986@1 [en] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/TFCs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=71986@2 |
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DOI: | https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.71986 | ||||||||||||
Resumo: | |||||||||||||
Esta pesquisa investiga como o Estado brasileiro instrumentalizou a Bossa Nova como ferramenta de diplomacia cultural entre 1960 e 1970, com foco particular no emblemático concerto do Carnegie Hall (1962). A partir da análise documental de arquivos diplomáticos, periódicos da época e fontes bibliográficas especializadas, o estudo examina os mecanismos institucionais através dos quais o Itamaraty e outros órgãos governamentais sistematizaram a projeção internacional do gênero musical como veículo de soft power. A pesquisa demonstra que o Estado brasileiro desenvolveu uma estratégia deliberada operacionalizada através de três mecanismos principais: o financiamento direto e indireto de apresentações e turnês internacionais, a coordenação entre diferentes ministérios e agências governamentais, especialmente a parceria com o Instituto Brasileiro do Café, e a mobilização da rede diplomática brasileira para facilitar e amplificar o alcance internacional do movimento musical. Contudo, a análise revela que essa instrumentalização cultural foi parcial, contraditória e vulnerável a mudanças políticas, especialmente após o golpe militar de 1964, quando emergiu uma dissonância estrutural entre a imagem de modernidade e sofisticação projetada internacionalmente e a realidade autoritária interna. O estudo contribui para os campos da História das Relações Internacionais e dos Estudos Culturais ao
demonstrar como elementos culturais podem ser estrategicamente mobilizados na política externa, oferecendo lições relevantes para compreender as práticas contemporâneas de diplomacia cultural na era digital.
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