Este trabalho se propõem a discutir o conceito de trauma psíquico desde seus primórdios, quando introduzido por Freud. A noção de trauma e suas vicissitudes se mostraram sempre presentes no percurso da psicanálise, e foram muito exploradas por psicanalistas como Sándor Ferenczi e Donald Winnicott. As reflexões e colaborações destes autores acerca do trauma e da atuação do analista, a partir de suas experiências na clínica, vieram a possibilitar a análise de casos antes considerados graves e complexos demais à metodologia clássica freudiana, que se mostrou insuficiente quando se tratava de tais pacientes. Portanto, pontua-se sobre suas descobertas teóricas e clínicas, a respeito da progressão traumática e suas decorrências, assim como o manejo clínico implicado em tal, fundamentado em uma ética do cuidado.