Sabe-se que, historicamente, algumas tecnologias são moduladoras de novas formas de ser, pensar, sentir e se relacionar, proporcionando novas experiências no plano subjetivo. Neste trabalho, uma dessas modalidades tecnológicas é focalizada, a das redes sociais digitais, em particular da perspectiva dos impactos subjetivos que podem provocar sobre seus usuários. As redes sociais vêm contribuindo para a formação de uma sociedade conectada e potencialmente informada. Porém, quando utilizadas em excesso, parecem estar gerando uma sociedade hiperconectada e hiperestimulada, cujos membros vivem novos tipos de mal-estar e conflitos. Os jovens, nascidos entre a metade da década de 1990 e o ano de 2010, sem conhecer um mundo sem a presença maciça das tecnologias em rede, parecem ser alguns dos mais impactados e transformados. Assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar algumas estratégias que jovens vêm adotando para minimizar os impactos negativos que a hiperconexão vem gerando. Para tal fim, após uma breve análise bibliográfica sobre a aceleração e estimulação da sociedade e do indivíduo contemporâneos, um estudo qualitativo exploratório foi realizado com jovens entre 18 e 25 anos. Dentre os principais resultados obtidos, destacam-se a eficácia das estratégias colocadas em prática por eles, bem como a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar dos jovens. Outras melhorias apresentadas foram: diminuição da ansiedade, diminuição do tempo de uso das Redes e aumento da produtividade. Além disso, as estratégias apresentadas pelos entrevistados mais utilizadas são: limite do tempo por meio do uso de lembretes, retirar as notificações e desativar provisoriamente uma Rede, além de algumas iniciativas externas à tecnologia, tais como reflexões na psicoterapia, meditação e busca de outras atividades de lazer fora das redes sociais.