Logo PUC-Rio Logo Maxwell
TRABALHOS DE FIM DE CURSO @PUC-Rio
Consulta aos Conteúdos
Estatística
Título: UMA ANÁLISE SOBRE A ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA ATRAVÉS DA INTERSECCIONALIDADE
Autor(es): GABRIELA SERPA RIBEIRO RODRIGUES
Colaborador(es): CAROLINA DE OLIVEIRA SALGADO - Orientador
Catalogação: 21/JUL/2025 Língua(s): PORTUGUÊS - BRASIL
Tipo: TEXTO Subtipo: TRABALHO DE FIM DE CURSO
Notas: [pt] Todos os dados constantes dos documentos são de inteira responsabilidade de seus autores. Os dados utilizados nas descrições dos documentos estão em conformidade com os sistemas da administração da PUC-Rio.
[en] All data contained in the documents are the sole responsibility of the authors. The data used in the descriptions of the documents are in conformity with the systems of the administration of PUC-Rio.
Referência(s): [pt] https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/TFCs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=71759@1
DOI: https://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.71759
Resumo:
Esta monografia propõe uma análise crítica da Escravidão Contemporânea a partir da hipótese de que as definições atualmente vigentes, ancoradas em critérios de coerção física ou restrição direta da liberdade, são insuficientes para abarcar a complexidade do fenômeno. O objetivo do estudo é demonstrar que o elemento psicológico e simbólico, responsável pelo apagamento progressivo da subjetividade da pessoa explorada, constitui uma das principais engrenagens da Escravidão Contemporânea atual. Para isso, foram articuladas referências teóricas nacionais e internacionais através de análise qualitativa de conteúdo, e de abordagem crítica interseccional tal como oferecida por Kimberlé Crenshaw (1989). No Capítulo 1, discutem-se os principais marcos normativos e conceituais sobre Escravidão Contemporânea, diferenciando-a de outros institutos, como o trabalho forçado. No Capítulo 2, é apresentado o caso de Dona Maria de Moura, trabalhadora doméstica resgatada após mais de 70 anos em situação análoga à escravidão no Rio de Janeiro, cuja trajetória ilustra de forma contundente o fenômeno estudado. No Capítulo 3, desenvolve-se a tese principal: a Escravidão Contemporânea se sustenta, muitas vezes, não pela força explícita, mas pelo esvaziamento da capacidade do sujeito de perceber-se como tal, ou seja, pelo apagamento de sua subjetividade. A partir do caso brasileiro, entende-se que a interseccionalidade é abordagem epistemológica fundamental: trazendo dados sobre trabalhadores migrantes em território nacional e apresentando exemplos da Ásia, Europa e América do Norte, demonstro como a vulnerabilidade racial, de gênero, classe, origem e status migratório contribuem para a naturalização da exploração em diferentes territórios. Concluo a monografia indicando que a Escravidão Contemporânea é um fenômeno global, plural em suas expressões, mas unificado por um mesmo núcleo de dominação: a negação da subjetividade e da dignidade de quem é explorado.
Descrição: Arquivo:   
NA ÍNTEGRA PDF