Muitas são as formas de sofrimento no trabalho, o que faz com que o trabalhador de forma subjetiva passe a adotar estratégias de defesa na tentativa de bloquear os efeitos dessa situação que o padece, compondo muitas vezes a sua percepção de normalidade a partir do próprio sofrimento causado e a luta interna que promove para se libertar dele. Trazendo uma ideia, portanto, de que a normalidade não implica em ausência de sofrimento, mas de um estado oscilatório de luta e dor. Este trabalho busca reflexões sobre os fatores geradores de sofrimento e penosidade no trabalho. Questiona o ambiente penoso de trabalho e a consequente inserção em processos de assédio moral. Conclui-se que o trabalho penoso é capaz de trazer prejuízo para a saúde mental do trabalhador, que seu diagnóstico, portanto, minimiza os efeitos desse cenário e que na atualidade as novas organizações estão transformando seu sistema de gestão, conferindo importância ao capital humano nas organizações, frente à competitividade que a automação e globalização trouxeram no decorrer das últimas décadas e a necessidade de desenvolvimento de novas competências do trabalhador, sendo fundamental uma adequação sinérgica organizacional com um alinhamento cultural para a promoção de qualidade de vida no trabalho com a assimilação do atendimento das necessidades dos trabalhadores concomitante aos interesses organizacionais, evitando por meio de ações específicas o assédio moral.