A codependência afetiva se define como a dificuldade de estabelecer relacionamentos saudáveis com as outras pessoas e consigo mesmo. Ela se caracteriza por um estado psicológico, emocional e comportamental de excessiva dependência em relação ao outro; portanto, um padrão de relacionamento com foco elevado fora de si. Embora a codependência afetiva não seja reconhecida pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) da Associação Americana de Psiquiatria, pesquisas empíricas indicam a codependência afetiva como um distúrbio único, muito associado a traumas de infância ou em relacionamentos difíceis e problemáticos durante a vida. Pesquisas experimentais descobriram que filhos e filhas, advindo, às vezes, de famílias com sistema disfuncional; famílias que não se implicam no conjunto de funções, de direitos e de obrigações, que congrega as diferentes dimensões da função parental; pontuam mais alto em medidas de codependência. Logo, o presente estudo tem como objetivo testar as relações entre codependência, os cinco grandes fatores de personalidade e o apego adulto, para melhor compreender o fenômeno codependência afetiva nas relações pais com filhos. Para tanto, realizou-se uma coleta de dados com 487 pais/mães, 79.7% eram mulheres e 18,3% homens, a média de idade foi de 46,9 anos. Os resultadosmostraram que os fatores Neuroticismo, Ansiedade e Evitação, tiveram uma correlação positiva com o fator Codependência. Os fatores de Realização, Abertura, Socialização e Extroversão tiveram uma correlação negativa com o fator Codependência.