A indústria de jogos eletrônicos cresceu com tal intensidade nas últimas décadas que atualmente é mais lucrativa que as indústrias cinematográfica e musical juntas. Os hábitos profissionais desta área, por sua vez, são abordados cada vez mais, e foi descoberto um costume comum em grandes estúdios como um todo, o crunch time. Refere-se a práticas trabalhistas que geralmente forçam desenvolvedores, artistas, programadores e outros que encarregam um projeto de um jogo a trabalhar horas extras extensas e não remuneradas. Devido a esse cenário, esta monografia, foi realizada uma análise teórica do tema e, também um estudo qualitativo exploratório com objetivo de investigar a rotina de funcionários que já trabalharam com jogos eletrônicos, se a cultura do crunch time é percebida em seu ofício e como eles pensam a respeito disso. Com este trabalho, percebeu-se que a execução deste hábito pode desencadear em interferências relacionais e transtornos mentais como a síndrome de burnout e o estresse pós-traumático (TEPT). Notou-se também que há uma pressão interna silenciosa para que se faça o crunch mesmo sem obrigação. Por fim, algumas considerações no que diz respeito a esta prática e suas intervenções são realizadas.