O aumento da expectativa de vida tem contribuído para o aumento dos casos de comprometimento cognitivo e demência em idosos, ressaltando a importância de intervenções preventivas para abordar esses problemas. O treinamento cognitivo tem sido reconhecido como uma prática útil nesse contexto, estimulando funções específicas e acredita-se que possa melhorar outras habilidades além das treinadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do treinamento individual de memória na cognição de idosos com Transtorno Neurocognitivo Leve e Doença de Alzheimer em estágio inicial, residentes em Instituição de Longa Permanência e pacientes do Ambulatório do Serviço de Psicologia Aplicada da PUC-Rio. O treinamento foi realizado por meio de uma apostila desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa em Neuropsicologia Clínica da PUC-Rio, com base em paradigmas clássicos da neuropsicologia relacionados aos processos de memória. A amostra do estudo incluiu 10 idosas do sexo feminino, com idades variando entre 67 e 86 anos (M=79,8; dp=6,48) e níveis de escolaridade entre 4 e 18 anos (M=13,02; dp=3,91). Avaliações foram realizadas antes e depois da intervenção para investigar os efeitos. Apesar das limitações, como o tamanho reduzido da amostra e possíveis efeitos de compensação nos resultados, os dados indicaram que o treinamento de memória foi viável e eficaz em ambos os ambientes avaliados, promovendo um impacto positivo na cognição das participantes