Dada a natureza desafiadora do tratamento de pacientes borderline, com a complexidade de sua psicodinâmica e a sintomatologia paradoxal que apresentam combinadas a uma relativa carência de referencial teórico, este trabalho busca traçar um panorama histórico do borderline na literatura, comparando diferentes escolas e, a partir da melhor compreensão sobre a flexibilidade que este tipo de paciente demanda, propor melhores manejos na construção do setting terapêutico, inclusive analisando os riscos e oportunidades que permeiam a transferência e a contratransferência na relação paciente-analista.