O presente trabalho investigou os déficits no processamento linguístico em pacientes com lesões no hemisfério esquerdo após Acidente Vascular Cerebral (AVC). Foi realizada uma análise de série de casos com base nos resultados obtidos em banco de dados. A amostra foi constituída de 17 adultos brasileiros pós-AVC unilateral com idades entre 36 e 84 anos com lesão cortical e/ou subcortical. Foram analisadas as tarefas de compreensão oral e escrita de sentenças, cópia e produção escrita do Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve Neupsilin para investigar o desempenho linguístico. A análise dos resultados destacou que pacientes com lesões cerebrais semelhantes não apresentam necessariamente déficits idênticos, evidenciando a complexidade dos mecanismos neurais envolvidos no processamento da linguagem. Os déficits apresentados corroboram parcialmente descobertas prévias na literatura relacionadas às regiões cerebrais implicadas no processamento linguístico. O estudo reconhece limitações, incluindo a variabilidade no tempo pós-lesão e a escassez de itens em cada tarefa de linguagem. Em síntese, os achados respaldam a perspectiva conexionista, sugerindo a existência de redes neurais interativas em oposição à dependência exclusiva de regiões cerebrais específicas no contexto linguístico.