Este estudo aborda, através de uma revisão bibliografia, os efeitos psicológicos e sociais do luto, investigando não somente como as perdas se manifestam no indivíduo e interferem na sua reorganização emocional, mas também como a psicoterapia de grupo tem se consolidado como uma medida útil e eficaz nesse processo de elaboração da nova realidade do enlutado. Fundamentando-se nos conceitos teórico-práticos da Gestalt-terapia como a Teoria de Campo de Lewin (1951) e destacando os conceitos da trindade gestáltica (aqui-agora, awareness e contato), o presente trabalho integra a teoria do apego de Bowlby (1985) e os modelos de luto de Worden (1998) e Parkes (1988), para explora a experiência do luto nas dimensões de natureza emocional e social. Dessa forma, obsevou-se que a Gestalt-terapia de grupo tem atuação e intervenções benéficas para a ressignificação da perda, visto que um grupo de pessoas em momentos semelhantes é percebido pelos próprios integrantes como um espaço de troca, acolhimento e fortalecimento dos recursos emocionais do enlutado, bem como o planejamento de novas estratégias para a construção desse self que precisa se ajustar ao novo cenário.