A presente monografia pretende analisar a mudança na política externa brasileira para o Prata a partir de 1849 e, mais precisamente, a Diplomacia do Patacão a partir de 1851, implementada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros da época, Paulino José Soares de Sousa. Busca-se explicar como e por que se deram as tais mudanças, bem como as suas consequências. Para tal análise, será utilizado o Realismo Neoclássico. A variável interveniente, que será as percepções do tomador de decisão do Império, é aqui explicada pela teoria de William Wohlforth. Para um entendimento maior das percepções e seus acertos, se fará uma contextualização histórica da política externa portuguesa e, mais tarde, brasileira para a região platina, passando pela Independência em 1822 até o Segundo Reinado, período em que a Diplomacia do Patacão se insere. Esse trabalho também objetiva contribuir para o adensamento da literatura de análise de política externa brasileira. Finalmente, serão explicados como a decisão racional de Paulino foi a favor dos interesses nacionais e as consequências de tal diplomacia para o Império, bem como para os países da região em questão.