O objetivo da monografia é identificar os elementos que levaram o Canadá a alterarem a construção de suas decisões, voltando-se para a Guerra do Afeganistão, após os atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001. O principal objetivo é demonstrar quais fatores foram relevantes para que os tomadores de decisão canadenses construíssem relações que culminariam com a participação na invasão do Afeganistão em 2001. A hipótese que se pretende verificar, por meio da Teoria Construtivista das Relações Internacionais, é a de que a combinação entre a sua posição política no cenário internacional, caracterizada como potência média, e a elaboração de uma nova agenda de política externa feita pelos seus governantes, gerou uma mudança de identidade que favoreceu a decisão de empreender uma invasão militar no Afeganistão. Tal mudança de identidade se deu no sentido de o Canadá enxergar nessa ação a possibilidade de se inserir com mais relevância no cenário internacional, como definição de seu interesse nacional.