Este trabalho tem como proposta analisar em profundidade as experiências de letramento da população negra no período pós-abolição. São examinadas as legislações que restringiam o acesso dos escravizados à educação antes do considerado marco da emancipação, em 13 de maio de 1888, bem como as vivências dos recém-libertos após o referido marco, que, além de lutar pela garantia da alfabetização, enfrentaram barreiras para se inserir no mercado de trabalho. Sob a perspectiva que reconhece os escravizados e libertos como sujeitos ativos e nocivos aos desdobramentos, o estudo observa as estratégias de resistência adotadas contra as imposições da ordem vigente no período analisado.