O presente trabalho busca analisar a crise que assola a União Europeia a partir de uma nova ótica conhecida como decrescimento. A discussão é realizada dentro do recorte temporal que vai do início da crise em 2008 até 2012 e a análise é feita dentro dos parâmetros econômicos, políticos e socioambientais. Assim, a crise é observada de diferentes ângulos que levaram a causa desta e que refletiram diretamente para a deterioração social, inclusive devido ao padrão consumista da contemporaneidade. Por isso, o decrescimento é desenvolvido como alternativa ao capitalismo, que vem perdendo força, assim como os padrões de crescimento ilimitado em um mundo finito. Existe a necessidade da mudança do paradigma dominante para que se construa sociedades justas, principalmente sociedades em que a população possa contar com a proteção governamental em detrimento ao sistema financeiro e das grandes corporações. O decrescimento busca, assim, através de um programa político concreto, colocar em voga o tipo de planeta que queremos para o futuro, principalmente sob a ótica socioambiental.