Desde 1978, a China iniciou um processo de desenvolvimento econômico que a colocaria em um ascendente caminho de crescimento. Durante algumas décadas, os chineses conseguiram alcançar desempenho que algumas potências levaram muito mais tempo e que países em desenvolvimento ainda nem vislumbram em atingir. No entanto, o contínuo e forte crescimento veio com um custo. A China, por causa da sua forte atividade industrial e rápido aumento do consumo pela população que migrava do campo para a cidade, teve que lidar com o fim de sua autossuficiência petrolífera. O governo chinês, teria que repensar sua estratégia de segurança energética para que o crescimento continuasse a ocorrer de maneira sustentável. A solução encontrada foi a adoção de uma estratégia de diversificação de fontes de petróleo ao redor do mundo. Além da exploração e compra do produto, os chineses passariam a desenvolver know-how em diversas áreas do setor petrolífero com o objetivo de aumentar o controle sobre esses recursos naturais. No entanto, a expansão chinesa na exploração de petróleo ocorre em um contexto no qual o país aspira ao posto de potencia mundial. Dessa forma, as relações de cooperação estabelecidas pela China com a América Latina terão um significado a mais para Estados que exercem influência histórica na região, como os EUA. Ao disputarem por influência e capacidades materiais, as chances de atrito entre os dois países aumentam consideravelmente.