O presente trabalho tem o objetivo de verificar as causas da redução do dinamismo da Indústria de Transformação do Brasil. Discute-se a importância dessa indústria para a economia e para as relações internacionais do país. É produzida uma análise histórica do processo de industrialização desde o período colonial brasileiro, buscando-se identificar os fatores que auxiliaram para um maior estímulo industrializante ou para uma contração da atividade industrial, em que se discute também, o conceito de desindustrialização. Utiliza-se o referencial teórico dos paradigmas de política externa e relações internacionais do Brasil de Amado Cervo (2003), para identificar as intenções que basearam as formulações da política externa e assim, como o Estado brasileiro se articulou vis-à-vis ao processo industrial. São levantadas hipóteses para responder ao questionamento inicial, sendo essas: a sobrevalorização do câmbio no contexto posterior ao Plano Real; a tendência do país em ser suscetível ao mercado internacional a partir das reformas de liberalização comercial e financeira na década de 1990; a não existência de políticas industriais agressivas perante o ambiente institucional e a defasagem tecnológica no paradigma microeletrônico.