A maior parte das análises correntes sobre a governança global e seu futuro frequentemente esbarram nos BRICS ou em suas críticas ou vice-versa. A aproximação recente entre ambos foi capaz de reproduzir as verdades que os fundamentam como estrutura e agente, totalização e individualização. O objetivo deste trabalho é mostrar como os discursos dos BRICS consolidaram-se como um tipo específico de narrativa que depende da produção de imagens assimétricas para dar sentido ao mundo e pensar o equilíbrio específico de imagens e conceitos que permite e limita papéis aos BRICS dentro de um sistema de governança, ao mesmo tempo em que retroalimenta este sistema permissivo-limitador entendido como governamentalidade.