A demanda pelo ensino superior por pessoas de baixa renda aumentou no mesmo período em que há uma valorização da educação privada em detrimento da educação pública. Isso dificultou ainda mais o acesso dessas pessoas aos cursos superiores. Como resposta a esse distanciamento, surgiu um movimento de criação de cursos pré-vestibulares populares, sendo o Seja-Mais um deles. O grupo de professores é composto, em grande parte, por alunos dos cursos oferecidos pela PUC-Rio, onde funciona. Para além da democratização do ensino superior, o Seja-Mais atua na formação de seus professores voluntários. Tendo em vista o papel do Seja-Mais na formação de seus professores, o presente trabalho tem como objetivo geral promover uma reflexão sobre a prática de ensino de Biologia no pré-vestibular Seja-Mais nos anos de 2018 e 2019, tendo como foco as metodologias usadas em sala. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, feita a partir de entrevistas conduzidas através da plataforma Formulários Google, que continha o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram entrevistados os 5 professores de Biologia e 8 alunos dos anos de 2018 e 2019. O trabalho buscou argumentar como o uso de metodologias pedagógicas, como as metodologias ativas de ensino, podem ser usadas em cursos pré-vestibulares nas aulas de Biologia. A partir dos resultados obtidos, concluiu-se que o uso de metodologias ativas de ensino em cursos pré-vestibulares é possível, mas elas devem ser bem planejadas e acompanhadas das metodologias tradicionais. Além disso, comprovou-se que a variação nas metodologias usadas em sala aumenta o engajamento dos alunos e proporcionam uma aprendizagem mais significativa nas aulas de Biologia.