Esta Dissertação tem como objetivo enfatizar a importância da inclusão educacional, compreendendo-a como necessária para a fundamentação dos princípios de igualdade, equidade e diversidade, buscando eliminar barreiras físicas, pedagógicas, atitudinais e sociais que possam excluir ou discriminar grupos marginalizados. Em diálogo com a História Social e da Educação, a presente pesquisa buscou compreender e analisar a trajetória histórico educacional de surdos, cegos e autistas dentro do território brasileiro, tendo como objetivo a maneira como a inclusão educacional desses grupos se desenvolveu ao longo dos anos, destacando os desafios, avanços e os marcos legais que contribuíram para a construção da realidade que encontra-se hoje no país, valorizando suas histórias e lutas. Realizou-se, então, uma pesquisa bibliográfica que perpassa por diversos períodos históricos do Brasil e busca a presença de ações, pessoas, instituições e leis que estiveram ligadas, especificamente, à educação desses grupos. Esse processo, que tem relação não apenas com a História, mas também com a Educação e com a experiência social, permite uma valorização das comunidades surdas, cegas e autistas e uma compreensão que fuja da generalização atual. A pesquisa permitiu, assim, verificar que devido a falta de registros históricos, a diversidade de experiências, a falta de diálogos interdisciplinares e, principalmente, o descaso dos governos e da sociedade, o acesso à educação de qualidade foi muitas vezes negado a esses grupos. Concluindo que, por não serem adotadas práticas pedagógicas adequadas, implementações de adaptações curriculares e a falta de profissionais adequados e capacitados geraram ambientes escolares pouco acolhedores e nada inclusivos.