Este trabalho buscou entender o que são bens de alta intensividade tecnológica, quais impactos produzem nas pautas de exportação dos países e como tem sido o desempenho do Brasil em sua produção. Para tanto, foram utilizadas classificações oriundas dos trabalhos de Gelatti et al., (2020) e Romero et al., (2021) para classificar o comércio a partir de níveis de tecnologia. As categorias, então, foram aplicadas a dados do comércio brasileiro de 1997 a 2022, extraídos da plataforma Comexstat e organizados conforme a Classificação Internacional de Todas Atividades Econômicas (ISIC). Com base nos dados reunidos, foi possível traçar mudanças no padrão de exportação brasileira e entender a participação dos bens de alta tecnologia em termos de valores absolutos. No final, conclui-se que a pauta de exportação do Brasil possui marcada presença de bens oriundos da Indústria de Transformação e que duas das quatro categorias de bens que mais faturaram nesta indústria entre 1997 e 2020 dizem respeito a fabricação de veículos e de produtos químicos, considerados de média-alta tecnologia.