O presente artigo científico tem como objetivo analisar a atuação de Xi Jinping e do Partido Comunista da China (PCCh) em relação aos uigures de Xinjiang, território autônomo no noroeste da China, abordando o contexto histórico relacionado ao tema desde o início do império chinês e suas dinastias até a criação da República Popular da China, do Partido Comunista Chinês e a ascensão de Xi Jinping ao poder. Para tal, serão destrinchados o surgimento do império chinês e suas dinastias, que moldaram o sistema e a cultura do país ao longo dos séculos. Esta análise enfoca o impacto que esses imperadores chineses tiveram na composição territorial e étnica, incluindo a presença do povo uigur na região de Xinjiang. Em seguida, são discutidos os eventos que levaram ao estabelecimento da República da China, enfatizando o período crítico da guerra civil e a ascensão do Partido Comunista Chinês (PCCh). Nesse contexto, a ideologia comunista do PCCh e seus objetivos políticos são apresentados. Por fim, será analisado também o modus operandi de Xi Jinping e do PCCh em relação aos uigures em Xinjiang, região que dá lugar a um conflito étnico entre os uigures e os chineses, dadas as políticas e práticas adotadas pelo governo chinês na região, que consiste em sistemas de vigilância em massa, prisões arbitrárias, campos educacionais e restrições à cultura e religião uigur. Esta pesquisa também examina as motivações e justificativas para tais ações do governo chinês, como a suposta prevenção do terrorismo e separatismo étnico em Xinjiang. Ao longo do trabalho, é ressaltada a importância do debate sobre os direitos humanos, a liberdade religiosa e a preservação da diversidade cultural no contexto das políticas adotadas pelo governo chinês em relação aos uigures de Xinjiang. Também busca-se contribuir para uma compreensão mais aprofundada desse tema sensível e complexo, contextualizando-o dentro da história do império chinês, o surgimento do PCCh e a liderança de Xi Jinping.