Além do crescente engajamento em questões ambientais, e a consequente busca por redução de emissões de poluentes e aumento de eficiência energética, o Brasil vive um reaquecimento da indústria de Óleo & Gás que projeta significativos aumentos da produção de gás natural nacional. Sendo o gás natural um combustível de transição energética, mais limpo que alternativas tradicionais como diesel e óleo combustível, o trabalho pretende estudar a viabilidade técnico-econômica de diferentes tecnologias de geração (motores a diesel, motores a gás natural e cogeração com células a com-bustível alimentadas a gás natural) para avaliar a competitividade do combustível no mercado de geração distribuída. Em mais detalhes, propõe-se a avaliação de um es-tudo de caso em que a geração de energia elétrica de embarcações atracadas no terminal portuário do Rio de Janeiro, tradicionalmente de alto consumo e baixas eficiências, é deslocada para um sistema em terra composto por um gerador e um banco de baterias de Lítio-íon. Apresentam-se duas metodologias para a simulação de um mês típico de serviço com demandas fornecidas pela instrumentação de uma embar-cação, uma para os geradores tradicionais, com uma estratégia on/off de operação, e uma para o banco de células a combustível, com uma minimização mensal de custos. A avaliação econômica, feita por meio das técnicas de Valor Presente Líquido (VPL) e payback descontado, mostra que o custo de investimento mais alto das células a combustível não as torna competitivas. Além disso, observa-se que as baterias não são economicamente justificadas para situações em que não há uma grande variação de carga requerida, porém, um cenário alternativo busca mostrar os efeitos da relação dimensionamento de geração e dimensionamento de armazenamento nos benefícios econômicos. Por fim, mostra-se que, ademais do puro critério econômico, que em muitos casos ainda pode apontar tecnologias a diesel como mais vantajosas, considerações como redução de emissões, facilidade de acesso de infraestrutura e projeções de quedas de preços de combustível devem também ser relevantes.