Contextos de crise econômica geram inevitáveis impactos na forma e nos níveis de consumo de produtos, bens e serviços, bem como nos modelos vigentes de negócios. A dinâmica empreendedora tende a desenvolver e oferecer novas opções e modelos de negócios dentro da lógica do que Schumpeter (1982) denominou de inovação destrutiva. Essa teoria justifica as tensões que vêm ocorrendo no mercado regulamentado de transporte particular de passageiros (serviços de táxi) com a entrada da empresa UBER no mercado. Considerando esse cenário, o objetivo desta pesquisa é constatar se a categoria profissional de taxistas se predispõe a agregar outros tipos de serviços de transporte, além daquele que já realiza, identificando também possibilidades de reaproveitamento dos pontos de taxi já existentes para a prestação desses serviços. Realizamos uma pesquisa exploratória, do tipo levantamento, em 56 taxistas da região da Barra da Tijuca, município do Rio de Janeiro. A seleção da amostra foi não-probabilística (por conveniência). O instrumento de coleta de dados foi um questionário aplicado com o auxílio dos pesquisadores. Os resultados coletados permitiram inferir que o grupo de taxistas investigado mostrou-se receptivo face à possibilidade de realizar outros serviços de transportes, concomitante ou não, com o transporte particular de passageiros.