O viajante português Alexandre de Serpa Pinto realizou sua expedição para África em 1877, partindo de Luanda e chegando a Moçambique em 1879. Nesta monografia analiso o seu diário de viagem para pensar a escravidão em Angola e especificamente os carregadores que trabalharam durante a expedição, mostrando o discurso colonialista usado pelo viajante, tendo em vista o seu olhar europeu, sobre o continente africano; as ações dos africanos frente aos interesses portugueses, bem como as relações estabelecidas entre esses dois agentes sociais. Além disso, apresento o contexto histórico do século XIX, com destaque para as leis implementadas pelo governo português, referentes à escravidão e ao recrutamento forçado de carregadores africanos, atentando para a corrida imperialista das nações europeias e suas consequências sobre a África, como a partilha e a conquista do continente.